"O que se pode vislumbrar é que o recurso especial não foi admitido na origem, valendo registrar, no ponto, o firme entendimento dos tribunais superiores de que apenas com a admissão da irresignação junto ao tribunal competente, no caso a egrégia corte regional, é que se inaugura a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça", escreveu o ministro.
PEDIDO TAMBÉM NO STF
O pedido da defesa de Lula foi apresentado na semana passada, simultaneamente no STJ e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na segunda-feira, um dos advogados do petista, Sepúlveda Pertence, pediu rapidez ao ministro Edson Fachin, do STF, para julgar o recurso. Antes de tomar uma decisão, o ministro pediu um parecer à procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
A defesa de Lula alega que a execução antecipada da pena — ou seja, antes do julgamento de todos os recursos — é inconstitucional. Além disso, diz que, mesmo aceitando essa hipótese, o mandado de prisão contra o político foi expedido antes que todos os recursos na segunda instância estivessem esgotados.
Para os advogados, a soltura do ex-presidente "não implicará em prejuízo algum ao bom andamento do processo, ou à sociedade", mas sim "respeitará o direito de liberdade do requerente e o princípio da presunção de inocência".
A defesa também quer que ele possa ser candidato à Presidência, ressaltando que ele lidera as pesquisas eleitorais. Eles alegam que o "cerceamento dos direitos políticos de Lula" seria "gravíssimo".