Tite resolveu não alimentar polêmica com o meia Diego às vésperas da Copa do Mundo. Questionado sobre o desabafo do jogador do Flamengo, que externou publicamente a sua insatisfação por não ter sido chamado para defender a Seleção Brasileira, o técnico fez silêncio durante alguns segundos e, depois, evitou o assunto.

“Sobre a manifestação… Tenho uma série de atenções importantes aqui, na equipe. Quero ficar voltado ao meu trabalho e aos atletas da Seleção”, esquivou-se Tite, neste sábado. No dia seguinte, ele comandará o Brasil no penúltimo teste para o Mundial, um amistoso contra a Croácia, em Liverpool.

O protesto de Diego foi feito após ele marcar um dos gols do Flamengo, líder do Campeonato Brasileiro, na vitória por 2 a 0 sobre o Bahia, no Maracanã, na quinta-feira. “Eu perco, mas a Seleção também por não contar com a minha experiência”, polemizou o atleta de 33 anos, que elogiou o comandante da Seleção. “O respeito e a admiração pelo Tite continuam intactos. É um treinador sensacional.”

Diego alimentou esperanças de participar da Copa do Mundo por ter sido convocado quatro vezes por Tite. O técnico dizia que gostaria de contar com um armador com as características dele, mas abriu mão desse jogador em sua lista final.

Nepotismo?

Tite abordou outro tema controverso na entrevista coletiva que concedeu neste sábado. Matheus Bachi, filho do treinador, é um dos integrantes da comissão técnica da Seleção Brasileira.

“Ele sabe que vai carregar o peso de ser o filho do Tite. Só que ele é o Matheus, com toda a sua história. Ficou quatro anos estudando (nos Estados Unidos), garimpou, fez estágios com técnicos. Merece estar no local onde está. E ele me dá uma sustentação como ser humano também, orgulho pra caramba”, disse Tite. “Mas sei que serei cobrado em cima disso”, completou.