Não é surpresa que a principal diferença entre os três tipos de leite encontrados no mercado diz respeito ao teor de gordura encontrado em cada um – o que, claro, interfere também no seu peso calórico. Para ter ideia, enquanto a versão integral apresenta a gordura em uma proporção de 3%, a semidesnatada tem de 0,6 a 2,9% do nutriente. Já o tipo desnatado possui menos de 0,5% de gorduras.
Falando assim, parece óbvio que o desnatado deveria ser o eleito para compor a dieta no dia a dia. Mas a verdade é que não deveríamos focar apenas em calorias e gordura – mesmo que ela seja saturada, cujo excesso é associado a um maior risco cardíaco.
Para a nutricionista Marcia Gowdak, diretora do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), se o indivíduo nunca teve um problema cardiovascular, seu perfil de colesterol está dentro dos conformes e ele tem uma dieta equilibrada e sem tanta gordura, não há motivo para tirar o leite integral da rotina. Até porque a gordura saturada desse alimento não é de um tipo que só eleva o colesterol LDL, considerado ruim. Ela também dá uma forcinha para aumentar o colesterol HDL, com efeitos positivos no organismo.