A chuva que castiga Mato Grosso do Sul desde o fim do ano passado continua causando estragos em diversos municípios do Estado. Transbordamento de rios e alagamentos deixaram mais de 150,8 mil pessoas desalojadas e desabrigadas.
O caso mais recente de destruição causada pela chuva ocorreu em Naviraí. Foram registrados pouco mais de 110 milímetros na quarta-feira (28) e a enxurrada provocada pelo excesso de água levou parte do asfalto da reua Pérsio Antunes no Harry Amorim além de aumentar ainda mais uma cratera que fica no bairro Eldorado.
Em Miranda, a 207 quilômetros da Capital, o rio de mesmo nome alcançou ontem a marca histórica de 7,90 metros.
O rio é monitorado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) há 53 anos e só em 1992 havia alcançado nível igual na estação que fica na cidade. Por lá, a água já atingiu casas de ribeirinhos, deixou 13 pessoas desabrigadas e 97 desalojados, um total de 29 famílias afetadas.
No dia 23 de fevereiro, o rio subiu a nível considerado de emergência – sete metros. No mesmo dia, o Imasul emitiu aviso de evento crítico, alertando para o risco iminente de alagamentos, com potencial para provocar danos materiais e risco à vida das pessoas. Mesmo assim, a elevação já desabrigou onze famílias e deixou outras 17 desalojadas no município, segundo a Defesa Civil local.
Cheia histórica também ocorreu em outro município. O Rio Aquidauana registrou a segunda maior cheia da história e desceu de 10,42 metros no dia 21 de fevereiro, quando houve o pico da cheia, para 6,20 metros ontem. Alguns ribeirinhos foram autorizados a voltar para casa em regiões que já não estão mais alagadas, mesmo assim, 154 pessoas continuam desalojadas