No Brasil e no mundo, surgem a cada momento empresas de tecnologia com projetos inovadores. Essas companhias, nessa fase inicial, passaram a ser chamadas de startups. Um dos maiores desafios é dar o salto de um produto ou serviço com potencial para conseguir entrar em mercados e estabilizar seus negócios.
Para auxiliar essas empresas, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) criou o programa Inovativa Brasil, uma parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Até o dia 5 de março, startups de todo o país podem se inscrever para a iniciativa. No total, serão oferecidas 300 vagas.
O Inovativa promove um conjunto de ações de assistência às startups, medidas também conhecidas no jargão técnico como aceleração. Segundo o coordenador do projeto, Maycon Stahelin, ele nasceu da constatação de que há pessoas com inovações interessantes e com potencial, mas sem qualificação ou experiência de gestão de negócios e de captação de recursos.
“Startup é algo inovador, que não existe ou não foi feito daquela forma ainda. Isso aumenta o grau de incerteza. Às vezes a empresa constrói uma tecnologia, mas não sabe quem é o cliente. O objetivo é ajudar a companhia que está começando, mas não sabe como se inserir no mercado”, explica Stahelin.
O programa oferece três tipos de assistência: mentoria, capacitação e conexão com agentes e investidores. A assessoria é desenvolvida de forma gratuita e a distância, permitindo que empresas também de pequenas e médias cidades possam se beneficiar. No total, 646 firmas já participaram da iniciativa.
Mentoria e capacitação
Os sócios das empresas são colocados em contato com especialistas com experiência de mercado, os chamados mentores. A assistência pode ser individual ou coletiva pela internet ou em eventos presenciais. Os mentores são escalados para compartilhar experiência e dar dicas de como construir estratégias de negócios, organização de modelos de negócio e inserção nos mercados-alvo.