A chuva não impediu e manifestantes realizaram um ato contra a reforma da Previdência e pedindo agilidade na situação de acampados e assentados. Segundo a Organização de Luta pela Terra (Terra), cerca de 100 pessoas se reuniram na praça que divide as avenidas Afonso Pena e Duque de Caxias, em Campo Grande. A Guarda Municipal esteve no local e contabiliza cerca de 120 a 150 manifestantes.
“Nós estamos aqui reivindicando a reforma agrária já e também lutar, pois somos contra a Reforma da Previdência Social. Queremos terra para o nosso povo, alimentação para o nosso povo. Nossa intenção é pressionar para o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária], para distribuir alimentação, fazer os devidos cadastramentos das pessoas nas beiras de estrada, além de vistorias as áreas e entregar aquelas que já foram vistoriadas”, afirmou ao G1 o metalúrgico aposentado e acampado Gumercindo Azevedo, de 72 anos.
O grupo está com camisetas, faixas, bonés e cartazes. Eles caminharam pela avenida principal da cidade, rumo ao Centro. “Estamos aguardando manifestantes de Ivinhema, Angélica, Rio Brilhante, Rio Verde e Aquidauana. Vamos parar na praça do Rádio Clube, com cerca de 500 pessoas. Temos também agenda com o presidente nacional do Incra, no dia 2 de março deste ano, em Brasília”, disse Azevedo.
No final da manhã, o grupo foi impedido de ficar na praça do Rádio Clube. A Guarda Municipal verificou que eles montaram barracas no local, porém estavam sem autorização da prefeitura. Movimentos de partidos diferentes então se reuniram e foram para a sede do Incra, na rua 25 de dezembro.
Conforme a assessoria de imprensa do Incra, o grupo deve ser recebido pelo superintendente regional, Humberto César Maciel, por volta das 14h (de MS), desta segunda-feira (19). Ainda conforme a assessoria, cerca de 100 pessoas fazem ameaças de invadir a sede, caso não sejam atendidos.