SEXTA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2024
DATA: 16/02/2018 | FONTE: top midia news Juiz de MS faz desabafo sobre polêmica envolvendo auxílio-moradia

O juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais de Campo Grande, entrou na polêmica envolvendo o auxílio-moradia dos magistrados através de publicação nas redes sociais. Segundo ele, o eleitor está saturado e qualquer sinal de abuso, mesmo que não seja verdadeiro, é motivo de indignação.

“Hoje a questão do auxílio moradia é mais uma gota d’água. É uma reação de quem não aguenta qualquer sinal de abuso, pouco importando que seja abuso ou não. Que seja legal ou não. A simples aparência de errado basta. É uma fase, uma fase que vai passar quando as pessoas virem mudanças reais e não apenas a retórica. Até lá, amarrem-se aos mastros, pois a tempestade ainda não acabou, diria até que mal começou”, profetizou.

O magistrado faz uma análise do cenário político do país, que levantou tamanha polêmica. Para ele, a esperança depositada nos governos de Lula e Dilma Rousseff se desfez e o brasileiro vive uma espécie de luto coletivo, sem expectativas de um futuro melhor.

“O brasileiro saturou! Qualquer gota d’água faz o copo transbordar. Este copo está cheio de abusos praticados ao longo dos anos, desde os 0800 da vida até os péssimos e caríssimos serviços públicos. A primeira eleição do PT para a presidência foi, para muitos, a esperança de um país novo, mais justo. A decepção, entretanto, não podia ser maior e só sobrou descrença. Estamos vivendo uma espécie de luto coletivo”, avalia.

Polêmica

Os chamados ‘penduricalhos’ que incrementam os salários de juízes e desembargadores entraram em discussão após a divulgação de que magistrados famosos, como o juiz Sérgio Moro, recebem auxílio-moradia de até de R$ 4.377 mesmo com imóveis na comarca em que atuam.

Segundo levantamento da Consultoria Legislativa do Senado Federal, publicado pelo O Globo, o auxílio-moradia é recebido por 88 ministros das cortes superiores, 14.882 juízes e 2.381 desembargadores. Além deles, recebem o benefício: nove ministros do Tribunal de Contas da União, 553 conselheiros dos tribunais de contas dos estados e municípios, 2.390 procuradores do Ministério Público da União e 10.687 promotores dos Ministérios Públicos estaduais.

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