O número de atendimentos por consumo excessivo de álcool na tenda da Cruz Vermelha próximo à Esplanada Ferroviária, em Campo Grande, onde foram realizados os desfiles de blocos de carnaval chamou atenção: a cada 10 atendimentos, nove eram adolescentes.
“Chega muito mal, chega praticamente inconsciente. Chega em estado de vômito, integridade do adolescente mesmo, a roupa exposta, parte íntima exposta”, afirmou o presidente da Cruz Vermelha em Mato Grosso do Sul, Tácito Nogueira.
Em toda região da Esplanada Ferroviária não foi difícil encontrar adolescentes com copo de bebida na mão. Depois de seis horas de festa na penúltima noite do carnaval, uma jovem precisou ser levada na maca até o posto de saúde, montado no local de concentração dos blocos carnavalescos.
Na tenda, já tinha também um adolescente de 16 anos que precisou de atendimento médico após beber muito. O pai dele foi chamado pelo Conselho Tutelar.
“Cabe esclarecer aos pais que eles respondem por negligência. O que acontece: o Conselho Tutelar da região de atendimento dos pais irá notificar, advertir e até encaminhar para o Ministério Público para medidas cabíveis”, explicou a conselheira Cassandra Szuberski.
Além do consumo de bebida alcoólica por adolescentes, o Conselho Tutelar também fez campanha contra o trabalho infantil. Uma mulher foi notificada depois de ser flagrada colocando o neto de 9 anos para catar latinhas.