SEXTA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2024
DATA: 09/02/2018 | FONTE: Correio do Estado Brasil tem primeiro aplicativo para pessoas que sofreram AVC

Na corrida da evolução tecnológica aliada à saúde, um grupo farmacêutico disponibilizou no Brasil o primeiro aplicativo de autorreabilitação para auxiliar pacientes com sequelas pós-AVC: o i-GSC (Guided self rehabilitation contract, ou guia de autorreabilitação guiada).

Criado pelo médico francês Jean-Michel Gracies, a ferramenta visa auxiliar pessoas que estejam em processo de reabilitação por ter sofrido algum AVC.

Segundo informações, o acidente vascular cerebral é a segunda causa de mortes – são 100 mil por ano – e a primeira de incapacidade no Brasil. Dos 60% que sobrevivem, metade acaba tendo algum tipo de sequela, como perda de força ou espasticidade, uma espécie de contração muscular que se assemelha a uma cãibra constante. 

Muitas pessoas têm dificuldades em se reabilitar. Com o aplicativo, o paciente pode conhecer exercícios de alongamento e treinos ativos que podem ser feitos em casa. O médico precisa fornecer login e senha para o paciente, que terá um cadastro com seu perfil e os dados sobre a deficiência a ser tratada. A partir daí, as prescrições do terapeuta são salvas e atualizadas na plataforma digital. Além disso, estão disponibilizados tutoriais em vídeos e registro diário da execução de cada exercício, para acompanhamento dos profissionais de saúde. O aplicativo é gratuito e está disponível para os sistemas iOS (Apple) e Android (Google) e também para computadores Windows.

O médico fisiatra Tae Mo Chung, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, foi um dos primeiros profissionais de saúde a utilizarem o i-GSC. “O aplicativo cria um contrato moral”, comenta o professor, que participou de seu desenvolvimento. “O paciente faz as séries propostas e o relatório segue em tempo real para o profissional de saúde. Fizemos um piloto muito bem-sucedido no Hospital das Clínicas, com cinco pessoas de idades diferentes, e a evolução foi positiva. Os exercícios são simples, de modo que todos podem acompanhar, a não ser que as funções cognitivas tenham sido afetadas. Quando o paciente se sente capaz, aumenta sua adesão e, consequentemente, há uma melhora funcional”, conclui. Nesses casos foi tratada a paresia espástica, uma disfunção dos movimentos de um ou mais membros, mas o doutor Tae Mo Chung prevê que a utilização da ferramenta poderá se estender para diminuir sequelas em doenças como esclerose múltipla e paralisia cerebral, entre outras. O aplicativo é gratuito e está disponível para os sistemas iOS (Apple) e Android (Google) e também para computadores Windows.

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