SEXTA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2024
DATA: 16/11/2017 | FONTE: G1 Temer diz que Brasil tem 'tendência' para o 'autoritarismo' e a 'centralização' do poder Presidente participou em Itu (SP) de evento em celebração ao Dia da Proclamação da República. No discurso, relembrou movimentos que, segundo ele, romperam com a democracia.
Foto Divulgação

O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (15), durante uma solenidade em Itu (SP), que o povo brasileiro tem uma "tendência" para o "autoritarismo" e a "centralização".

Temer participou de evento em comemoração ao Dia da Proclamação da República. Segundo a Presidência, a escolha da cidade de Itu para o evento se deu porque o município do interior de São Paulo é considerado o "berço" do movimento que deu fim à monarquia no Brasil. Em 1873, foi realizada em Itu – município que fica a cerca de 100 quilômetros de São Paulo –, a primeira convenção republicana do país.

 

"Se nós não prestigiarmos certos princípios constitucionais, a nossa tendência é sempre caminhar para o autoritarismo, para uma certa centralização. Nós até, o povo brasileiro, temos até, digamos, uma certa tendência para a centralização" (Michel Temer)
Como exemplo de tendência autoritária, Temer citou os momentos em que houve ruptura da democracia e dos princípios republicanos no país, como em 1964, período em que teve início a ditadura militar.

Para o presidente, esses movimentos não foram resultado apenas de golpes de Estado, mas sim da vontade do povo naqueles momentos.

"A nossa Constituição, que refundou o Estado brasileiro, é categórica: ou seja: todo poder emana do povo. As autoridades, somos autoridades constituídas. Não somos autoridades diretas. O povo nos constitui como tais e, portanto, devemos ser sempre instrumento da vontade popular, porque exercemos mandatos meramente transitórios", discursou Temer.

 

Convenção de Itu

 

Ao narrar os acontecimentos históricos do país, o peemedebista relembrou a Convenção de Itu, e explicou que escolheu a cidade do interior paulista como local para celebrar nesta quarta-feira o Dia da Proclamação da República por conta de seu simbolismo na queda da monarquia. No século 19, Itu era a terra de muitos "barões do café".

"Então, eu quero dizer aos senhores e as senhoras que o fato de nós termos praticamente transferidos, digamos, o governo aqui para Itu [nesta quarta], é de uma simbologia muito forte, muito significativa. [...] Também pela simbologia de aqui nós termos inaugurado uma fórmula que, a rigor, deveria impedir aqueles movimentos centralizadores que se deram no histórico que eu fiz. O ideal seria que nunca tivéssemos essa centralização, o autoritarismo em certo momento que houve no passado", ressaltou o presidente.

G1 questionou ao Palácio do Planalto se Temer havia transferido formalmente a capital do governo para Itu nesta quarta. A assessoria da Presidência explicou que não houve nenhum ato formal transferindo a capital para o município paulista.

José Eduardo Bandeira Mello recebeu o título de cidadão ituano em cerimônia prestigiada por Temer (Foto: Reprodução/NBR)

 

Cidadão ituano

 

Na visita a Itu, Temer participou da entrega do título de cidadão ituano ao advogado e administrador José Eduardo Bandeira Mello, que é seu amigo há mais de 50 anos.

Nascido em São Paulo, Bandeira Mello tem 78 anos e mora em Itu. Além de exercer a advocacia, ele atuou como diretor e presidente de empresas da área farmacêutica, chegando, inclusive, a ser vice-presidente do Sindicato das Indústrias e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou da solenidade que homenageou Bandeira Mello. O prefeito de Itu, Guilherme Cassola, e de cidades próximas, como Sorocaba e Salto, também foram prestigiar a cerimônia.

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