Na pontinha do sul do Estado, Mundo Novo a cidade de 18 mil habitantes é considerada a Capital do peixe. O mercado reserva uma série de oportunidades, são 24,1 mil toneladas do pescado abatidos por ano no frigorífico de peixes, formado pela cooperativa de piscicultores da região.
O aumento da produção de tilápias, associado à industrialização do setor, tem mudado o perfil do piscicultor. Os criadores, que por muito tempo foram dependentes dos pesque-pagues, têm tido, cada vez mais, a opção de entregar a produção para os frigoríficos que começam a surgir em vários pontos do País. A produção fornece renda a cerca de 30 famílias.
A vocação do município para a piscicultura começou na década de 1980, em áreas que eram destinadas ao plantio de arroz, Em meados de 1990, o francês Albert Pierrard implantou na 55ha de lãminas d’água para a reprodução e engorda de peixes. O lugar é o principal produtor da cidade.
Atualmente, são produzidas 600 toneladas de peixe por ano. Por dia 5 mil peixes são levados a cooperativa. No frigorífico são produzidos, com carne de tilápia, filés e o couro é usado para a confecção de roupas, acessórios e artesanatos.
Do tanque de criação até a geladeira do mercado
Atividade com baixíssima emissão de carbono, que não requer desmatamento e proporciona alto rendimento em pequenas áreas, a piscicultura é a base da Matriz Econômica da cidade. Do tanque de criação até a geladeira do mercado.
No ano passado, o Estado produziu apenas 24,1 mil toneladas, produção pequena, mas o município tem tudo para se tornar uma potência no setor, seguindo o bom desempenho com bovinos, com potencial de fornecimentos para outros mercados. Atualmente, o pescado produzido na cidade ajuda a abastecer Campo Grande e os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.