As grades que estão sendo colocadas em um dos cartões postais de Eldorado, na igreja católica da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, têm causado polêmica nos últimos dias. A cidade está dividida entre aqueles que apoiam a decisão da igreja e os que são contrários à instalação das grades, que vão cercar toda a praça, onde está o templo.
A reportagem do Jornal do Conesul foi procurada, para tentar descobrir a legalidade do fechamento da praça. Mandamos uma equipe de reportagem até Eldorado, para apurar os fatos, e obtemos alguns documentos que provam que a praça central é de propriedade privada. O espaço que hoje se encontra a praça e a igreja foi doado no ano de 1973 para a Mitra Diocesana de Dourados, ano que Eldorado ainda era distrito de Iguatemi. Sendo assim a praça é um patrimônio da igreja católica sendo privado, sem qualquer responsabilidade da Prefeitura Municipal.
Segundo informações a praça será fechada todos os dias as 22:00 horas e abrirá as 7:00 da manhã.
Um dos oposicionistas à idéia é o comerciante que fica perto da praça Antonio Barbosa . Segundo ele, a comunidade não foi consultada e as grades estão sendo instaladas de forma autoritária. ‘‘Aqui em Eldorado as pessoas resolvem fazer as coisas e vão fazendo. O que me deixa indignado é essa arbitrariedade. A igreja é um grande patrimônio da cidade. Os fiéis passarão, o padre passará, mas o templo continuará para as futuras gerações, por isso essas obras, que vão prejudicar a estética do prédio, não podem ser feitas sem nenhum estudo não seria mais baratos colocar uma guarita com um vigia ’’, queixou-se o comerciante.
A vendedora Fernanda que trabalha próximo a praça faz parte do grupo que apóia a decisão da igreja. ‘‘O vandalismo aqui em Eldorado está demais, a nossa praça é usada como motel, quebram os bancos , jogam o lixo e outra a praça terá horario de funcionamento, para as pessoas de bem isso não ira atrapalhar em nada’’.
A secretária Ana Paula Teles tem a mesma opinião. ‘‘À noite juntam muitos maloqueiros perto da igreja. As pessoas não respeitam mais nada. Sou favorável a cerca’’, declarou a secretária.
A nossa reportagem foi informada por um ex funcionário da prefeitura, que quem estava pagando ou paga a conta de água e luz da igreja seria a prefeitura Municipal de Eldorado. Sendo um valor em torno de quase 6 mil reais por mês. Entramos em contato com a prefeitura para ver se a informação é verídica e se teria algum projeto aprovado para a legalidade do pagamento. A prefeitura informou que não sabe responder sobre as administrações anteriores,mas que tendo conhecimento agora,irá averiguar o caso.
Nossa reportagem entrou em contato com a diocese de Naviraí que é responsável pela igreja de Eldorado, mais até o final desta matéria não tivemos respostas.