A semana que se passou o prefeito José Izauri de Macedo fazendo parte de sua luta em busca de atrair e fomentar novas oportunidades no munícipio especialmente em sua gestão, recebeu a visita de César Moura, Coordenador da Superintendência da Pesca e Aqüicultura em Mato Grosso do Sul e em reunião com cooperados da Copasul e produtores rurais para difundir uma das metas do Ministério da Pesca, que é a de fomentar a criação de peixes.
Disse o Superintendente que Naviraí reúne todas as condições ideais para essa implantação, por se tratar de um município pólo, ligado ao Estado do Paraná e o país vizinho o Paraguai, além da sua bacia hidrográfica (rios Paraguai, Ivinhema, Amambai e Iguatemi) e dotada de uma água excelente.
Tudo isso, disse o superintendente, propicia a criação de peixes seja no sistema tanques/rede ou em tanques escavados. E a tilápia, é uma variedade muito procurada até mesmo para exportação.
A criação de peixes para fins comerciais é uma atividade promissora e a piscicultura pode ser bem trabalhada a partir de uma criação correta, beneficiando a população com a sua excelente proteína animal. Uma das vantagens dos sistemas de produção em tanques escavados é a menor dependência das chuvas.
A tilápia, segundo ele, é o peixe mais produzido no Brasil, representando cerca de 10% do pescado obtido no país. Esse sucesso pode ser explicado pela qualidade da carne, pela velocidade na engorda e pelo alto valor agregado, além do mercado consumidor estar em expansão.
Conforme explanação aos produtores presentes, futuramente com a expansão dessa atividade, poderá ser criada uma cooperativa para a comercialização dessa produção.
Cezar Moura esclareceu que em 1 hectare de tanque escavado pode-se produzir 30 mil toneladas de peixes em 1 ano, com 1 metro de lâmina de água. Hoje é produzido 10 mil toneladas/ano, colocando Mato Grosso do Sul em 9º lugar no Brasil no ranking dessa produção. Destacou a importância da tecnologia para comercializar a produção em grande escala. Com uma produção em grande escala é possível a implantação de uma farinheira através das carcaças descartadas dos peixes produzidos.
Esclareceu ainda que há uma linha de crédito que está inserida no Plano Safra do Banco do Brasil e que até 2 hectares não precisa de licença ambiental. No futuro, finalizou o Superintendente da Pesca em MS, é possível a criação de um Entreposto para o abate dos peixes aqui produzido.