QUINTA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2024
DATA: 17/08/2017 | FONTE: EBC Temer justifica nova meta fiscal em razão da queda da inflação e da arrecadação
Foto Divulgação

Em palestra a investidores, o presidente da República, Michel Temer, justificou ontem (16) a alteração da meta fiscal do governo, anunciada na terça-feira (15), ressaltando que a baixa da inflação causou queda na arrecadação. Disse ainda que a negociação do novo projeto do Refis, o refinanciamento de dívidas de empresas com a Receita Federal, fez com que empresários adiassem o pagamento de impostos.

“Como o Congresso alterou radicalmente [o projeto do governo sobre o Refis], aqueles que iriam aderir, ficam esperando. E ao ficarem esperando, também não pagam tributo. Isso aconteceu nesses últimos três ou quatro meses, que fez também cair a arrecadação. Isso criou um grande problema para o nosso déficit”, disse Temer em evento organizado pelo Banco Santander.

O presidente da República disse que, além de alterar a meta fiscal, o governo se preocupou em cortar gastos, como o adiamento do reajuste de servidores públicos e o corte de 60 mil cargos do serviço público federal. Segundo Temer, mesmo com a necessidade da alteração da meta fiscal, o país está indo no caminho certo, e deverá fechar o ano com inflação e juros baixos.

“Essas alterações que fizemos, essas alterações com cortes de gastos, vão colaborar muito para esse novo Brasil. Eu vejo que o interesse dos países de investir em nosso país está crescendo cada vez mais. A queda de inflação, a queda de juros, isso tudo vai ajudando muitíssimo. Você anunciou bem [referindo-se ao presidente do Banco Santander no Brasil, Sergio Rial], muito provável que, ao final do ano, nós estejamos em torno de 7,5% na taxa Selic. Não é improvável que isso aconteça”, disse.

Temer destacou ainda que as medidas anunciadas pelo governo darão condições para que não haja aumento de impostos. O presidente voltou a pedir apoio para a realização das reformas, principalmente a previdenciária, para ajudar nas contas do governo.

“Até há duas semanas, falava-se em aumento de imposto. E eu confesso que sempre tive uma certa resistência para tanto, em qualquer categoria. Sempre eu tento governar de uma maneira que não haja aumento da carga tribuária, salvo se ela for absolutamente indispensável. E nessas conversações todas, com essas medidas que eu acabei de anunciar, nós não teremos aumento de impostos”, disse, acrescentado, “é por isso que eu insisto que é preciso seguir adiante com as reformas, a da Previdência, a simplificação tribuária, e também a reforma política”.

No discurso de cerca de 35 minutos, o presidente Temer disse, por diversas vezes, que sua gestão não tomaria medidas populistas, mas populares. E ressaltou que hoje seu governo é reconhecido por decisões anteriormente criticadas, como o limite dos gastos públicos.

“Populistas são as medidas que eu pratico hoje, são aplaudidas amanhã, e causam um grande prejuízo depois de amanhã. As populares, ou seja, aquelas voltadas ao povo, são aquelas que eu produzo hoje, são observadas amanhã, e são reconhecidas no futuro. E acho que o que nós estamos fazendo ao longo do tempo não é praticar nenhuma medida populista, tanto que muitas e muitas vezes as propostas que nós fazemos sofrem objeção, para logo depois serem reconhecidas”, disse.

 

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