O presidente da República, Michel Temer, destacou na quinta-feira (03) o compromisso do governo federal com a reforma da Previdência Social. Com a rejeição do pedido de investigação pela Câmara dos Deputados, a proposta de emenda à Constituição tem caminho aberto para a votação ser retomada.
“Eu me sinto fortalecido para isso”, afirmou Temer, ao ser questionado pelo jornalista Reinaldo Azevedo, na rádio Bandnews FM, se o “presidente se engajaria” nesta batalha. Aprovada em comissão especial da Câmara, a reforma da Previdência aguarda votação em plenário, onde precisa ser votada em dois turnos antes de seguir ao Senado.
Na entrevista, Temer ressaltou o principal caráter da reforma: acabar com privilégios. “O que nós estamos fazendo é cortando privilégios, em primeiro lugar. E cortando, naturalmente, daqueles que recebem mais, primeiro ponto”, disse, lembrando que as mudanças não atingem grande parte da população.
Para este ano, a previsão é que o déficit da Previdência Social chegue a R$ 180 bilhões; para 2019, a rombo chega a R$ 205 bilhões. “Se você não fizer uma reforma, ainda que suave, paulatina, vagarosa, como nós estamos fazendo, daqui a alguns anos, você só terá dinheiro para pagar funcionário público e Previdência, nada mais”, esclareceu Temer.
Mudanças
Entre os destaques do seu governo, Temer apontou a aprovação do teto dos gastos públicos, a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a modernização trabalhista, a queda da inflação e a reforma do ensino médio. “Foi uma coisa revolucionária o que nós fizemos nesses 14 meses de governo”, afirmou.