Na madrugada desta terça-feira (25), cerca de 200 famílias do MST (Movimento Sem Terra) ocuparam a fazenda Perobal, localizada BR-487, no município de Itaquiraí. A ação faz parte da ‘Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária’, realizada em todo país.

Mais cedo, trabalhadores rurais sem-terra realizam uma manifestação nesta terça-feira (25), na BR-262, na região de Dois Irmãos do Buriti, a 84 quilômetros de Campo Grande. Informações preliminares da PRF (Polícia Rodoviária Federal) são de que há um bloqueio no local com aproximadamente um quilômetro.

Os trabalhadores criticam a inércia Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que segundo o movimento tem 24 mil cadastros pendentes no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). A ocupação é pacífica até o momento. 

Marina Ricardo Nunes, membro do diretório nacional do MST, explicou que a jornada ocorre de forma unitária em todo o país. "Enquanto fazemos esta ocupação, no Mato Grosso, a fazenda de Blairo Maggi está ocupada, assim como de vários outros corruptos da política nacional. É somente assim, de forma unitária, que faremos nossas vozes serem ouvidas”, finaliza a dirigente.

Dia de protestos

Em uma ação coordenada, o MST (Movimento Sem Terra) ocupou três fazendas na madrugada e na manhã desta terça-feira (25), que pertencem ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, ao ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, e ao amigo do presidente Michel Temer (PMDB), coronel João Baptista Lima.

Em nota, o movimento afirma que as ocupações fazem parte da jornada nacional de luta pela Reforma Agrária, com o lema "Corruptos, devolvam nossas terras!". O grupo também protesta contra o aumento das mortes no campo. Segundo o MST, 68 pessoas morreram vítimas da violência nas zonas rurais em 2017, sendo que 13 eram jovens e 13 eram indígenas.